sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Discípulo Missionário

No domingo, dia 26 de setembro, tivemos mais um encontro da pastoral da acolhida. Cada um pôde perceber a sua missionariedade junto à Igreja de Jesus. As partilhas de vida que vieram através das palestras mostram que somos pequenos meninos e meninas que brincam e aprendem a viver. E que não podemos ser pessoas que passam pela vida e a vivem, sem nunca entender porque realmente vivem. É certo que somos pequenos pedaços de gente, que titubeiam pelos espaços do mundo, que buscam conhecer as coisas, mas quase sempre conhecem melhor apenas o que está ao seu redor. Vivemos setenta, oitenta ou até noventa anos e achamos ser os melhores, mas esquecemos das pedras, que estão no mundo há bilhões de anos e nunca se acharam as melhores.

Jesus cria uma comunidade que tem uma missão. Dessa missão fazem parte todos os batizados. Todo batizado que vive, trabalha e reza em comunidade já é discípulos missionário de Jesus. Toda pessoa que participa e ajuda na Comunidade da Acolhida está buscando viver bem o seu batismo, sendo discípulo (que escuta) e missionário (que fala) a partir de Jesus. Seu mestre é Jesus. Por isso, discípulo missionário não tem pensamento próprio. O seu pensamento consiste em escutar o que vem da parte de Jesus. Missionário é a tradução da língua de Deus para a língua dos outros homens. Ele sai do universo de sua pessoa para entrar no universo de outra pessoa com a mensagem do evangelho.

Discípulo missionário não pode ter a pretensão de dar a salvação às pessoas. Ninguém dá o que não tem. Pois ele mesmo está se salvando. Ninguém tem a salvação pronta e acabada, ela se dá no dia a dia até a morte. Mas, toda pessoa precisa do amor do outro para chegar à salvação: ninguém se salva por iniciativa própria e sim porque foi chamado.

Discípulo missionário não é nenhum gênio e perfeito, a missão não precisa de seres excepcionais, precisa de seres humanos. Alguém citava que precisamos pensar que somos pessoas cheias de lepra e que só nos curamos na busca do outro, que também é leproso. A fraqueza do discípulo missionário não é nenhum acidente da missão, nenhuma circunstancia que se tenha que lamentar. Ela é uma condição prévia de qualquer missão autentica. A ressurreição de Jesus constitui a prova de que na maior fraqueza vem a força de Deus para a vida.

Deus abençoe a todos!

Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R

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