No próximo domingo iniciaremos o tempo do Advento, que representa um período de profunda conversão. As primeiras palavras pronunciadas por Jesus em sua missão foram: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. O centro desse apelo representou, primeiramente, uma grande mensagem de esperança. Jesus comunicou a riqueza da misericórdia do Pai. Apesar de todas as nossas infidelidades, Deus Pai nos perdoa e nos chama para a reconciliação, com o amor transmitido no dia do nosso batismo. Deus Pai sempre quer nos devolver a dignidade de filhos, a qual perdemos quando o pecado e o desamor nos contaminam. A misericórdia divina exige de nós uma resposta de amor, que é a conversão, e esta deve ser algo nascido do coração, não somente racional ou expresso em teorias. A conversão deve mudar as atitudes na vida concreta, na família, na paróquia, no lugar de trabalho e de estudos. Conversão é uma resposta de amor, diante da misericórdia de Deus.
A primeira área de conversão se dá nas coisas materiais. Jesus teve fome depois de 40 dias de jejum. O tentador quis que ele trocasse o amor do Pai por coisas materiais. O pão foi o símbolo da tentação do materialismo. A tentação afirmou que somente a riqueza lhe daria alegria e realização. Jesus lutou contra essa tentação, apelando para a Palavra de Deus, dizendo: Dinheiro não salva, o que salva é o amor do Pai e do próximo.
Advento é tempo de conversão. Tempo de nos confrontarmos com as tentações que nos afastam do Pai. É tempo de nos reconciliarmos com Deus e com todos. É tempo de preparar o coração pela renovação do batismo na festa do Natal. “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração”. Amarás ao próximo. Eis o caminho de conversão nesse tempo forte de Advento. – Vem, Senhor Jesus. – Mãe do Perpétuo Socorro, rogai por nós!
Pe. Lourenço Kearns, C.Ss.R
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